Lançamento: 30 de abril de 2015
Duração: 2 horas e 19 minutos
Direção: George Tillman Jr.
Gênero: Romance, Drama
Elenco: Britt Robertson, Scott Eastwood, Alan Alda, Jack Huston, Oona Chaplin, Melissa Benoist.
Saiba mais: IMDb - Adoro Cinema
Sinopse: Aos 91 anos, com a saúde debilitada e sozinho no mundo, Ira Levinson (Alan Alda) sofre um acidente de carro e se vê abandonado em um lugar isolado. A poucos quilômetros de distância, a bela Sophia Danko (Britt Robertson) conhece o jovem cowboy Luke (Scott Eastwood), que a apresenta a um mundo de aventuras e riscos. De forma inesperada, os dois casais vão ter suas vidas cruzadas.
Antes de qualquer coisa, leia a resenha do livro Uma Longa Jornada clicando AQUI. 😉
AMEI o livro. A história me conquistou e me surpreendi com o quanto gostei da leitura! Então, em abril, o filme estreou. Vi ontem à noite e, infelizmente, não curti. Quando comecei a ler o livro, depois de assistir ao trailer, pude perceber que eles haviam mudado muitas coisas.
Algumas ficaram até melhores, como a maneira que Sophia e Luke se conheceram. Achei a ideia de excluir o ex-boyfriend drama do filme bem legal, havia muitas coisas para serem exploradas, perder tempo com isso seria burrice.
Mas eles alteraram muitas coisas importantes e profundas! Coisas que causam impacto no leitor e que, consequentemente, poderiam causar o mesmo impacto no espectador. Como, por exemplo, o acidente de Ira, que se pronuncia Aira. Toda a sua agonia e suas alucinações com Ruth não foram mostradas!
Para mim, os capítulos narrados por Ira no livro foram, muitas vezes, lindos, cheios de amor, ternura e devoção à Ruth. Não senti a mesma coisa com a maneira como eles conduziram a inserção das memórias de Ira no filme…
Eu sei que isso é uma adaptação e que é querer demais que tudo fique igual, mas há certas particularidades que, se retiradas, fazem com que a história perca sua essência e sua beleza.
Britt Robertson, no papel de Sophia Danko, também não me conquistou. Não estou falando da atuação dela, que, não posso negar, foi muito boa. Britt, que tem vinte e cinco anos, aparenta ter quinze, dezesseis… então foram várias as vezes em que enxerguei uma adolescente.
Já Scott Eastwood ficou perfeito no papel de Luke! Eles também mudaram um pouco o drama do personagem, mas não foi uma coisa tão grave assim. Scott conseguiu transmitir muito bem a personalidade do cowboy.
Oona Chaplin, neta de Charles Chaplin, diga-se de passagem, que interpretou Ruth Levinson, atuou perfeitamente! A personalidade de Ruth, forte e alegre, foi muito bem absorvida por ela. Já Jack Huston, o ator que interpretou Ira na juventude, pecou pela falta de expressão. Sabe quando a boca fala, mas os olhos não transmitem? Então…
Os romances foram açucarados na medida certa, mas senti falta de certas passagens do livro, passagens bonitas. A química entre os atores foi muito boa. A de Britt e Scott foi ainda maior. Enquanto o olhar de Jack não transmitia praticamente nada, Britt e Scott, quando contracenavam, conseguiam me convencer que ali havia, sim, amor.
Já Alan Alda, que interpretou o idoso Ira… quanta fofura! Se fosse para definir a interpretação dele com uma única palavra eu escolheria desolação! O que é perfeito, pois Ira era isso, um homem desolado, um homem que perdeu metade dele mesmo.
Enfim, o filme não é nenhuma maravilha, mas também não é ruim! Para quem leu o livro e entendeu perfeitamente a mensagem que ele passa, acredito que a adaptação não vai lhes agradar. Porém, para quem nunca leu o livro, acho que os romances e essa peculiaridade de ser, mais ou menos, dois filmes em um só, serão interessante.
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